John Shipton está no Brasil. Julian Assange foi preso em 2019, em Londres, e, desde então, corre o risco de ser extraditado para os Estados Unidos, onde sofre perseguição política por revelar as atrocidades norte-americanas. Na sexta-feira (25), o pai de Assange estará na ABI
O chefe da Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, encontrou-se com John Shipton, pai do jornalista Julian Assange, no Palácio do Planalto, e debateu a participação do Brasil na campanha pela libertação de Assange e pela liberdade de imprensa.
John Shipton vai se reunir com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, na sexta-feira (25).
Em vídeo, ele agradeceu “ao povo brasileiro e ao presidente Lula pelo seu apoio oficial ao longo dos anos”.
“Nós continuamos a luta para libertar Julian e esperamos que, com o apoio do Brasil, com o apoio do Ministério de Relações Exteriores, e com o apoio do presidente Lula, nós teremos sucesso”, disse Shipton.
Ele falou, ainda, que “logo Julian estará para dizer ‘obrigado’ para todas as pessoas do Brasil que apoiam”.
“Nós continuamos a luta para libertar Julian e esperamos que, com o apoio do Brasil, com o apoio do Ministério de Relações Exteriores, e com o apoio do presidente Lula, nós teremos sucesso”. John Shipton
Julian Assange foi preso em 2019, em Londres, e, desde então, corre o risco de ser extraditado para os Estados Unidos, onde sofre perseguição política por revelar as atrocidades norte-americanas.
Assange é o fundador do site WikiLeaks, site que revelou documentos sigilosos comprovando o cometimento de crimes de guerra por parte dos Estados Unidos no Iraque, além de espionagem contra líderes mundiais.
Um vídeo publicado pelo WikiLeaks mostra o Exército dos Estados Unidos assassinando sumariamente dezenas de pessoas, incluindo jornalistas ligados à agência internacional Reuters.
Assange também foi responsável pela publicação de provas de que os Estados Unidos espionaram a presidente Dilma, através de um grampo no avião presidencial.
Os EUA o acusam de crimes que podem lhe render uma condenação a 175 anos de prisão. O governo do país não fez nada para combater os crimes que foram revelados por Assange, pelo contrário, o persegue por denunciá-los.
Segundo Paulo Pimenta, Julian Assange, “conhecido por divulgar documentos norte-americanos que indicavam espionagem a diversas nações, incluindo o Brasil”, “está preso injustamente, desde 2019, no Reino Unido, sob a ameaça de ser extraditado para os EUA”.
O presidente Lula já questionou diversas vezes a perseguição contra Assange. “Que crime Assange cometeu? Se ele for para os EUA, extraditado, certamente é prisão perpétua e certamente ele morrerá na cadeia”, questionou.
O pai de Assange, John Shipton, está no Brasil divulgando o lançamento do filme “Ithaka – A Luta de Julian Assange”. Além de Brasília, Shipton passará por Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
No Rio, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) vai realizar um ato-entrevista, “como parte da campanha em defesa do jornalista que se encontra preso e ameaçado de ser deportado para os Estados Unidos”. O evento acontecerá às 18h.