O ex-ministro Antonio Palocci, favorito de Lula e Dilma e ex-dirigente nacional do PT por décadas, vai continuar na cadeia por mais algum tempo, segundo decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou novo pedido do ex-ministro para ser solto. Fachin é relator da Lava Jato no STF.
Palocci foi condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em junho de 2017, pelo juiz Sérgio Moro, primeira instância da Lava Jato. O ex-ministro foi preso preventivamente em setembro de 2016. A Lava Jato já bloqueou R$ 80 milhões de R$ 150 milhões do ex-ministro. Palocci era homem de confiança e operador da propina da Odebrecht para Lula. Leia aqui.
Segundo Edson Fachin, a argumentação do pedido da defesa de Palocci já foi discutida pelo plenário do STF quando, em abril, negou liberar o ex-ministro dos governos Lula e Dilma da prisão. “Não cabe, nessa ótica, a impetração de novo habeas corpus para o fim de rediscutir o decidido de modo soberano pelo Tribunal Pleno”, assinalou Fachin.
A decisão de Fachin foi tomada na quarta-feira (6). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão do ex-ministro, no julgamento de abril, pelo STF. Ela declarou que a restrição de liberdade do ex-ministro era necessária à garantia da ordem pública e “para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro para a aplicação da lei penal”.
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