O Ministro das Relações Exteriores panamenho, Javier Martínez-Acha, rechaçou as ameaças de Trump ao seu país e reiterou que a soberania do Panamá sobre o Canal não está à venda.
“A soberania do nosso canal não é negociável. As únicas mãos que controlam o canal são as mãos panamenhas, que sempre permanecerão assim”, disse o chanceler Martínez.
Para o ministro Javier Martínez-Acha, o propósito do Canal é o de “servir à humanidade e ao comércio global, e este é um dos grandes valores que os panamenhos oferecem ao mundo, proporcionando à comunidade internacional a garantia de não participar ou ser parte ativa em nenhum conflito.”
“Somos um país aberto ao diálogo hoje e sempre, aos investimentos e às boas relações, mas com o lema claro de que a Pátria vem em primeiro lugar,” completou o ministro.
Trump recentemente vem repetindo ameaças ao Panamá, à Groenlândia e ao Canadá e até admitiu que poderia fazer uso de força militar para apoderar-se do Canal.
O presidente eleito está acusando – sem provas, como sempre faz – o governo do Panamá de cobrar taxas excessivas para navios americanos e diz que a China estaria controlando o canal, acusações rejeitadas pelo governo panamenho. Trump também criticou a decisão do ex-presidente Jimmy Carter que devolveu o controle do canal para o Panamá.
Em 1977, Carter assinou os ‘Tratados Torrijos-Carter’ que transferiu o controle do canal para o Panamá em 1999 e reconheceu a soberania do país da América Central.