Pane em turbina obriga Boeing 777 a pouso de emergência em Moscou

Fabricante de aeronaves reconhece “fadiga de metal” das hélices do motor pode estar provocando acidentes (twitter)

Um Boeing 777 necessitou realizar um pouso de emergência nesta sexta-feira (26) em Moscou após apresentar falhas no sensor do motor. A tensão foi grande pois o problema ocorreu somente uma semana depois do incidente ocorrido com o mesmo tipo de aeronave nos Estados Unidos.

Felizmente o pouso ocorreu sem danos. No sábado passado, o motor direito de um Boeing 777, da United Airlines, explodiu no ar logo depois de decolar em Denver, nos Estados Unidos, em um voo com destino a Honolulu, no Havaí. No instante do acidente havia 231 passageiros a bordo e 10 tripulantes, obrigando os pilotos a retornarem imediatamente ao aeroporto de origem, deixando um rastro de destroços por quilômetros. O acidente, conforme reconheceu a Boeing, teria sido causado por “fadiga do metal” das hélices do motor. Os pilotos conseguiram pousar sem deixar feridos.

O avião que realizou o pouso emergencial em Moscou é da companhia aérea Rossiya Air.

Frente à gravidade do ocorrido no sábado, o governo do Japão e as duas principais empresas aéreas da Coreia do Sul já haviam anunciado no início da semana a suspensão de todos os voos com Boeings 777. A medida foi tomada após a agência federal de aviação dos EUA (FAA) ordenar “inspeções de emergência” à turbina que pegou fogo no ar e deixou um rastro de destroços por quilômetros.

Até mesmo a fabricante de aeronaves estadunidense, que esperava por dias melhores pós-escândalo do modelo 737 Max, orientou às empresas que aterrem aviões desse modelo equipados com motores Pratt & Whitney PW4000, até que as investigações sejam concluídas. São 128 os Boeing 777 equipados com o mesmo modelo de motor que explodiu e que terão que permanecer em terra, afirmou um porta-voz.

A fabricante de aeronaves estadunidenses tinha apresentado graves problemas nos últimos anos com outro de seus modelos, o 737 Max. O avião foi proibido de voar em março de 2019, após dois acidentes que mataram 346 pessoas: o da Lion Air, na Indonésia, em outubro de 2018 (189 mortos) e o da Ethiopian Airlines, em março de 2019, na Etiópia (157 mortos)

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