Após reunião com o presidente do Iraque Barham Salih, no sábado (24), o papa Francisco anunciou seu apoio à exigência dos iraquianos de retirada das tropas norte-americanas do país.
A exigência acontece depois de resolução do parlamento iraquiano, neste sentido, logo após o atentado realizado a mando de Trump para assassinar o general iraniano, Qassem Soleimani, em solo iraquiano. Qassem era recebido por autoridades locais, que também morreram na mesma ação, disparo por drones, no dia 3 de janeiro.
O presidente Salih também esteve com os dois principais diplomatas do Vaticano, o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, e o Arcebispo Paul Gallagher, ministro das Relações Exteriores.
Segundo comunicado do Vaticano, a reunião focou “em desafios que o país enfrenta atualmente e na importância da promoção da estabilidade e do processo de reconstrução do país, incentivando o caminho do diálogo e da busca por soluções que favoreçam os cidadãos e com o respeito da soberania nacional”.
A resolução aprovada pelo parlamento iraquiano ordena a retirada dos 5 mil soldados norte-americanos que permanecem em solo iraquiano desde a invasão e ocupação iniciada em 2003.
O papa Francisco pediu que os Estados Unidos evitem escalar o conflito e sigam “o diálogo e a auto-constrição” para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio.
O papa e o presidente do Iraque também concordaram na “importância de preservar a presença histórica de cristãos no país”. Centenas de milhares de cristãos iraquianos sofreram ataques quando os terroristas do Daesh (Estado Islâmico) controlaram partes do Iraque. Eles recuperaram suas liberdades desde a expulsão dos terroristas.
Veja também matéria sobre gigantesca manifestação dos iraquianos exigindo saída imediata das tropas invasoras norte-americanas:
https://horadopovo.com.br/bagda-exige-nas-ruas-a-retirada-das-tropas-dos-eua/