Em sua visita a Lima, capital peruana, o papa Francisco advertiu que há uma decadência da atividade política devido à “enfermidade da corrupção” que atinge muitos políticos e empresários na América Latina.
Mencionou o “caso da Odebrecht”, cuja rede de propina, comprovada e estendida com a ajuda do PT, danificou os cofres públicos do Peru, Equador, México, Argentina, Venezuela, Colômbia, República Dominicana, Panamá, Guatemala e México.
Como é de conhecimento público, muitas das portas para o propinoduto rechaçado pelo Sumo Pontífice foram abertas diretamente por Lula, que, em várias ocasiões chegou em visita a estes países, após sua passagem pela presidência, para proferir palestras regiamente pagas pela Odebrecht.
PRAGA
Essa não é a primeira vez que o líder da Igreja Católica aborda a questão. Em 2015, no Paraguai, disse que a corrupção é “uma praga, uma gangrena”. Nesta sexta-feira, 19, diante do presidente Pablo Kuczynski – que por pouco não foi afastado por impeachment por causa do envolvimento no escândalo Odebrecht – denunciou que a corrupção é um “vírus social” que “contamina tudo”.
“Acho que a política está em crise, muito, muito em crise na América Latina por causa da corrupção”, alertou, para, a seguir, conclamar: “Não devemos negligenciar isso, porque, se cairmos nas mãos de pessoas que entendem apenas a linguagem da corrupção, estamos fritos”.
O papa também referiu-se ao triste “fenômeno dos paraísos fiscais, muitos dos quais estão na América Latina” e lembrou que “a América Latina estava buscando um caminho, a Pátria Grande e, sob golpes, passados os anos, está sofrendo sob um capitalismo liberal desumano”.
“Que os jovens não se conformem”, prosseguiu, denunciando este capitalismo guiado pela “avidez do consumo”, onde os “grandes interesses econômicos exercem forte pressão para extrair petróleo, gás, madeira, ouro e levam à monocultura agrícola” sem atender aos interesses dos latino-americanos, sem levar em conta os direitos dos ancestrais indígenas.
Francisco chamou a todos a “unirem-se aos seus desafios e a reafirmarem uma opção sincera pela defesa da vida, da terra e das culturas”.
AVIDEZ
Segundo ainda o papa, os grandes interesses “não podem dispor dos bens comuns ao ritmo da avidez e do consumo. É necessário que haja limites”.
Francisco concluiu com a denúncia de que “sofremos com a exploração dos nossos recursos naturais. Sofremos muito quando os estrangeiros perfuram a terra, quando envenenam e danificam nossos rios convertidos em águas negras da morte. Os estrangeiros nos enxergam débeis e insistem em tomar nosso território. Estamos vivos e seguimos resistindo”.
N.B.
Nada contra a fala do Papa se manifestando contra a corrupção, mas o Papa deveria também abrir uma investigação e uma auditoria independentes para verificar a corrupção no Vaticano.
mais precisamente no banco Vaticano
Ainda bem que você não tem nada contra a fala do Papa. Imagina só se tivesse…