O papa Francisco conclamou os governos a agirem com urgência, em todos os continentes, para combater o tráfico internacional de pessoas, negócio que movimenta 150 bilhões de dólares anuais e oprime a milhões de pessoas, reduzidas a escravas modernas. O tema foi coletivizado junto a milhares de pessoas na praça de São Pedro, no Vaticano, dois dias após a Igreja Católica ter marcado um dia de prece e consciência sobre o tráfico humano.
“Eu apelo, particularmente aos governos, para que as causas desse flagelo sejam enfrentadas com decisão e as vítimas sejam protegidas”, defendeu o Papa, sublinhando que “todos nós podemos fazer mais e ajudar informando casos de exploração e escravidão”.
De acordo com o Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, a estimativa é de que, em pleno século 21, ainda existam 45,8 milhões de pessoas submetidas a alguma forma de escravidão no planeta.
Conforme as organizações de direitos humanos, a maior parte destes “escravos modernos” são imigrantes, gente que, desesperada, fugindo da violência, do desemprego e da fome em seus países, acaba sendo colocada em condições ainda mais terríveis e humilhantes.