
“Não existe uma boa sociedade sem bons sindicatos”, enfatizou o Papa em declaração a líderes sindicais
“Os sindicatos são chamados a serem a voz de quem não tem voz”, proclamou o Papa Francisco durante encontro com 6 mil lideranças sindicais, no Vaticano, no ano de 2022, quando convidou a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) a enviar trabalhadores ao um encontro qjue lotou o auditório.
Em 2017, foi outro momento em que o Papa se posicionou a favor da organização dos trabalhadores, quando enfatizou que “não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato – e não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias”.
“Não há sindicato sem trabalhadores e não há trabalhadores livres sem sindicatos”, enfatizou.
“Os sindicatos nascem e renascem todas as vezes que, como os profetas bíblicos, dão voz a quem não a tem, denunciam os poderosos que pisam nos direitos dos trabalhadores mais frágeis e defendem a causa dos estrangeiros, dos últimos e dos rejeitados”.
Em diversas ocasiões, o Papa chamou os sindicalistas a serem “sentinelas do mundo do trabalho”.
Em seu pronunciamento no encontro com sindicalistas da CGIL defendeu em especial os trabalhadores mais pobres, se insurgiu contra a diferença salarial entre homens e mulheres e no menosprezo aos jovens que entram no mercado para trabalhar:
“Vemos isso, por exemplo, onde a dignidade humana é espezinhada pela discriminação de gênero – por que uma mulher deveria ganhar menos do que um homem? -; é visto na precariedade da juventude – por que as pessoas têm que adiar suas escolhas de vida por causa da precariedade crônica? -; ou na cultura da demissão; e por que os empregos mais exigentes ainda são tão mal protegidos? Muitas pessoas sofrem com a falta de trabalho ou por causa de um trabalho indigno: seus rostos merecem escuta e o compromisso sindical”.
Também alertou para as mortes em acidentes de trabalho fruto da busca desmesurada por lucro: “Primeiro vem, a segurança dos trabalhadores. Ainda há muitos mortos, mutilados e feridos no local de trabalho! Cada morte no trabalho é uma derrota para toda a sociedade. Mais do que contá-los no final de cada ano, devemos lembrar de seus nomes, pois são pessoas e não números. Não permitamos que o lucro e a pessoa sejam equiparados! A idolatria do dinheiro tende a pisar em tudo e em todos e não valoriza as diferenças”.
Veja vídeo com um dos pronunciamentos do Papa sobre o assunto: