
Leão XIV apelou a que “parem com a guerra e respeitem o direito internacional e humanitário e os locais sagrados”
O Papa Leão XIV fez um apelo pelo fim imediato da agressão a Gaza e criticou duramente o que chamou de “barbárie” e “uso indiscriminado da força”. Durante a oração do Angelus, o Papa também condenou o bombardeio à única igreja católica de Gaza, que matou três pessoas e feriu dez, entre elas o padre da paróquia, amigo do Papa Fancisco.
O presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, informou ao Papa Leão XIV sobre as terríveis condições que o povo palestino está enfrentando como resultado da agressão genocida provocada pelo governo de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza, marcada por assassinatos, fome e devastação generalizada — uma das mais recentes a destruição da Igreja da Sagrada Família em Gaza.
O Presidente reafirmou ao chefe do Vaticano que as prioridades palestinas incluem um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns, a entrada de ajuda humanitária, alimentar e médica, a assunção total pelo Estado da Palestina de suas responsabilidades na Faixa de Gaza e a liberação de fundos palestinos confiscados por Israel, uma retenção que causou condições extremamente difíceis.
Abbas pediu ao Papa que direcionasse suas orações e apelos aos líderes mundiais para que pusessem fim à matança, à fome e ao terrorismo dos colonos contra o povo palestino, para que interrompessem os ataques aos locais sagrados islâmicos e cristãos e impedissem os atos de terror cometidos pelos vândalos travestidos de colonos, na vila de Al-Taybeh, os quais ele enfatizou serem inaceitáveis e condenáveis, ressaltando que tais atos nunca devem ser repetidos.
Ele afirmou que os muçulmanos e cristãos palestinos estão unidos em sua busca por liberdade e independência.
O VATICANO RECONHECE O ESTADO DA PALESTINA DESDE 2015
O líder palestino elogiou as posições honrosas do Vaticano, em particular seu respeito ao direito internacional humanitário e seus reiterados apelos pela paz na Terra da Paz. Frisou o desejo do Estado da Palestina de estreitar laços com o Vaticano, que reconhece o Estado da Palestina desde 2015, e também expressou o apreço da liderança palestina pela decisão do Vaticano de acolher e tratar crianças feridas de Gaza e suas famílias em Roma.
Ele estendeu um convite ao Papa Leão XIV para visitar a Terra Santa e rezar na Igreja da Natividade e na Igreja do Santo Sepulcro pela concretização da paz e pelo fim das guerras.
De sua parte, o Papa afirmou o apelo do Vaticano ao respeito ao direito internacional e humanitário, à importância de acabar com as guerras e o sofrimento, e à necessidade de pôr fim às violações de locais sagrados.
“Rezamos pela paz. Ontem, fizemos um apelo aos fiéis para que ajudem a parar com a guerra e respeitassem o direito internacional e humanitário e os locais sagrados”, frisou Leão XIV.
A agressão israelense em curso contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, já deixou 59.029 civis assassinados e 142.135 feridos, a maioria mulheres e crianças de acordo com as últimas estatísticas publicadas pelo Ministério da Saúde da Palestina.