Em sua mensagem de Páscoa neste domingo, logo após o massacre cometido pelas forças israelenses na fronteira da Faixa de Gaza com Israel, o papa Francisco pediu paz chamando à “reconciliação da Terra Santa, vivendo nestes dias as feridas de um confronto que não poupa os indefesos”. Dois dias antes, na sexta-feira passada, na região foram assassinados 17 jovens, e ficaram feridos 1.400 civis durante o início da chamada Grande Marcha de Retorno organizada por organizações palestinas. A manifestação terá a duração de 45 dias nos territórios ocupados por Israel, para reivindicar o direito de todos os refugiados regressarem a sua pátria, suas terras e seus lares.
O papa Francisco, que improvisou a homilia para a missa na Praça São Pedro, no momento litúrgico mais importante da tradição cristã que comemora a ressurreição de Cristo, também se referiu diretamente à “terra da Síria, que há tanto tempo sofre”. “Nesta Páscoa, que a luz de Cristo ressuscitado ilumine as consciências, para que um fim seja levado ao extermínio em curso”, assinalou.
Repassando os conflitos que sufocam a humanidade e denunciando a violência e as injustiças em diferentes partes do planeta, solicitou também que a ajuda humanitária seja autorizada a entrar nas áreas de conflito, e pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo.
O Pontífice pediu “frutos de consolação” para o povo venezuelano “que vive em terra estrangeira em seu próprio país” e rezou para que “encontre a via justa, pacífica e humana para sair quanto antes da crise política e humanitária que o oprime”. Também recordou os venezuelanos que “são obrigados a abandonar sua pátria” e pediu que não lhes falte “acolhida e assistência”.
Francisco mencionou a Península Coreana e desejou que “as conversas em curso promovam a harmonia e a pacificação da região” e pediu aos responsáveis que “atuem com sabedoria e discernimento para promover o bem do povo coreano e construir relações de confiança no seio da comunidade internacional”.
Em seu discurso em favor da paz e do diálogo, Francisco condenou as “injustiças e violências”, a “miséria e a exclusão”, a “fome”, a “falta de trabalho”, a rejeição social para “os refugiados”, “as vítimas do narcotráfico, do tráfico humano e das distintas formas de escravidão” atuais.