O documento da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup) divulgado nesta quarta-feira (2), mostra que a situação da violência no Pará é ainda mais grave do que se imaginava. Uma primeira estatística divulgada no início da semana mostrava que o número de mortos em 48 horas no Estado, era de 30 pessoas. Porém, a realidade dos números é bem maior. Segundo o documento sigiloso da Segup, foram 45 mortes de meia noite do dia 29 até, dia 1. A lista foi publicada pelo jornal “Diário do Pará”.
No relatório, é possível ver detalhes de uma sangrenta lista com as ocorrências de homicídios realizada nos últimos dois dias. De meia noite do dia 29 até o dia 30, foram registrados 19 óbitos, sendo 13 deles na Grande Belém.
Já da meia-noite do dia 30 até a meia-noite do dia 1, foram mais 17 mortes na capital e 9 no interior. Em apenas 2 dias, um total assustador de 45 vidas foram destruídas pela violência.
Somente neste ano, 22 policiais militares do Pará foram assassinados. “Ao todo, foram 49 agentes de segurança assassinados em 2017, sendo 41 deles policiais militares. Como já tivemos 22 assassinatos neste ano, o número ultrapassou a metade”, afirmou Cabo Quadros, coordenador da Associação de Defesa dos Direitos dos Militares do Pará. “A gente faz o que pode, mas encara com muita revolta esse número. Nossos policiais estão morrendo quase todos os dias”, lamentou Quadros.
No último domingo (29), a cabo a polícia militar Maria Fátima Cardoso dos Santos, de 49 anos, foi assassinada a tiros dentro de sua própria casa, no bairro de Curuçumbá, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. De acordo com informações da PM, os criminosos invadiram a residência de Maria Fátima e efetuaram vários disparos com arma de fogo contra a agente, que morreu no local. Maria Fátima atuava a 21 anos na Polícia Militar e mantinha um comportamento excepcional, de acordo com a corporação.