O professor Luiz Carlos Bresser Pereira afirmou, em entrevista ao jornalista da Globonews, Mário Sérgio Conti, no programa Diálogos, desta quinta-feira (15), que o problema principal que o Brasil tem que resolver para sair da estagnação econômica em que se encontra “é baixar os juros e corrigir a supervalorização do real”. Na opinião do economista, “entre os políticos, quem tem condições de fazer isso hoje é Ciro Gomes” [e o ex-deputado, João Vicente Goulart, naturalmente].
“Nós entramos na recessão em 2014 e ficamos três anos nela. Saímos em 2017, mas não voltamos a crescer”, disse Bresser. “O Brasil está semi-estagnado, isto é, crescendo muito pouco, desde 1980 e, com as mesmas causas, desde 1994. E que causas são essas? A primeira são os juros altos e a outra é uma taxa de câmbio apreciada no longo prazo. As duas coisas relacionadas”, explicou o economista. “O real vale mais do que deve e, quando isso acontece, os produtos que nós importamos ficam baratos e os produtos que nós fabricamos internamente ficam caros”, acrescentou.
“A nossa sociedade é formada por trabalhadores, empresários e rentistas. Estamos vivendo para os rentistas e não para a produção, para os empresários e trabalhadores. Não se investe na produção industrial. Estamos num processo de desindustrialização há 30 anos”, destacou o professor. Para ele, “uma economia é forte quando há investimentos e quando os trabalhadores estão consumindo”.
“Achar que o crescimento dos anos 2000 foi sólido é um equívoco. Naquele momento houve um boom de commodities, os preços das commodities que o Brasil exporta aumentaram e, com isso, houve então uma prosperidade durante uns cinco anos mais ou menos, durante o governo Lula, mas foi só. Não se sustentou. Normalmente investe-se pouco e, investindo-se pouco, o país cresce pouco. A economia brasileira irá para frente se resolvermos esses problemas dos juros e do câmbio e voltarmos a investir fortemente”, argumentou.
“O problema fundamental do Brasil não é fiscal. Entre 1999 e final de 2010, final do governo Lula, as metas fiscais foram plenamente cumpridas. Portanto essa conversa dos neoliberais de que o problema é fiscal não faz sentido”, afirmou Bresser. “É verdade”, lembrou o economista, “que no governo Dilma eles perderam o controle com as desonerações absurdas que ela fez, e aí somou-se à crise econômica uma crise fiscal”.
“Mas se você quiser saber por que houve a recessão, não foi pelo lado fiscal, a recessão aconteceu porque as empresas industriais estavam enfrentando um câmbio muito apreciado. Foram sete anos desse jeito, até 2014. Nesse período as empresas viram suas vendas caírem e pararam de investir. A recessão foi o resultado disso”, explicou o economista.
Bresser criticou as forças que se intitulam de esquerda e desenvolvimentistas que, segundo ele, quando chegam ao poder, fazem besteira. “Os neoliberais não vão resolver os problemas econômicos da América Latina ou os problemas de um país de renda média como o Brasil. Agora, quando chegam lá os ‘desenvolvimentistas’ fazem besteira. Veja o que aconteceu, por exemplo, na Venezuela”, apontou.
“Aqui no Brasil o PT não foi capaz de mudar o problema do câmbio e, no plano fiscal, o Lula foi ok, mas a Dilma não foi. A verdade é que o Brasil está num regime de política econômica neoliberal desde 1990”, advertiu. “Primeiro o Collor com a abertura comercial, depois a abertura financeira, ainda com Collor, depois FHC e as privatizações generalizadas, tiraram o conceito de empresa nacional e aí veio a situação do câmbio. Foi a reforma neoliberal. Isto está aí até hoje. O Lula não mexeu nada nisso. A Dilma fracassou. Não se preparou, nem econômica e nem politicamente para mudar. Portanto, nós continuamos num regime neoliberal faz 28 anos”, concluiu Bresser.
Bresser falou também sobre as eleições. Na opinião dele “as chances de Lula se candidatar são pequenas”. “Era melhor que ele decidisse apoiar um outro candidato. Eu sei que, com as pesquisas, fica difícil para os petistas entenderem isso. Mas seria melhor que ele se retirasse, apoiando outro nome”, avaliou. “Eu não estou de acordo que eleição sem Lula é golpe. Não é verdade isso. Mas, não há dúvida que nós teríamos uma eleição mais democrática se o Lula pudesse participar”, prosseguiu. “Não há razão para dizer que ele vai ganhar de qualquer jeito. Não é assim”, concluiu Bresser Pereira.
John Maynard Keynes – Neocapitalismo – sistema monetário ou rentista em substituição ao tipo industrial ou empreendedor, favorece banqueiros entre outros, dinheiro sem o lastro que o garanta. Antigamente a garantia era o Ouro, agora é o poder econômico, militar e científico
Esse lixo do Bresser é que congelou os preços na década de 80 e f…. com a vida dos empregados! Apoia ciro! que ótimo saber disso! Bresser arrebentou com a economia brasileira, foi o maior índice de desemprego e pobreza de todos os tempos, no Brasil!
Ciro não tem competência de formular a economia de sua casa. Não explicou os 350 milhões que surrupiou do Estado do Ceará junto com seu irmão CID! Bresser é um fracasso. Ferrou com os trabalhadores na década de 80/90 congelando os preços de produtos e consequentemente de salários. Mas na realidade não congelou nada, os preços continuavam a subir e os salários abaixar e os produtos sumirem das prateleiras. Todos os dias, graças a Bresser Pereira, a máquina de remarcar preços trabalhava a cada 3 minutos. A gente passava no mercado vindo do colégio e via os preços do bombom, ia em casa e pegava dinheiro já calculando a porcentagem a mais porque sabia que qdo voltasse no mercado, já havia subido os preços. Era um absurdo. Agora esse cara volta a cena. Apoiando Ciro Gomes! Deus me livre! Mas é bom saber que ele apoia Ciro Gomes. Já sei EM QUEM NÃO VOTAR!