O pré-candidato do PDT à presidência da República, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes afirmou na segunda-feira (12) que “jamais assinaria” a Carta ao Povo Brasileiro, documento com compromissos ao mercado apresentado pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial de 2002.
“Eu jamais assinaria aquela carta. Aquilo subalterniza a autoridade do presidente. Elege no lugar do povo uma força que não deveria prevalecer sobre o conjunto da população”, disse. Ele afirmou que os interesses do mercado financeiro devem ficar subordinados aos da classe trabalhadora e do setor produtivo.
Avaliando o cenário político, o pedetista comentou não acreditar que Lula será candidato. “Não consigo visualizar Lula candidato”, afirmou. “Com isso minha candidatura cresce muito”, disse. “Se Lula sai eu cresço”.
Em debate na Casa do Saber, em São Paulo, Ciro prometeu, se eleito, tributar progressivamente lucros e dividendos e heranças, revisar o SUS e tornar mais rígida a legislação sobre o crime de lavagem de dinheiro.
Na última quarta (14), o pré-candidato criticou o modelo econômico adotado pelo PT, além de facilitar a “chegada de quadrilheiros ao poder, a ponto de colocar Michel Temer como vice”. Ele também negou que pediu ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad que fosse seu vice.
“Eu nunca procurei o Haddad para ser meu vice. Me perguntaram o que achava e disse que seria um dream time. Nunca esteve na minha cogitação que seria meu vice. O PT o lançará candidato e é natural que o faça”, afirmou.