Segundo o ex-prefeito, não é a primeira vez que seus adversários montam uma ação usando a Justiça “nas vésperas da eleição” para prejudicá-lo, da “mesma forma que fizeram em 2018”
O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), classificou como “ação eleitoreira” a operação de busca e apreensão, realizada na terça-feira (8) em sua residência, comandada pelo Ministério Público do Rio por meio do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção).
Após a operação do MP, Eduardo Paes publicou dois vídeos nas suas redes sociais onde rebate as acusações contra si e dá sua versão.
O ex-prefeito é denunciado por suspeita de direcionamento na licitação de construção do Complexo Esportivo Deodoro Norte para a Olimpíada do Rio-2016. Não foram divulgados os detalhes da acusação.
Paes é acusado de receber caixa 2 em sua campanha para prefeito do Rio de Janeiro em 2012. A operação da terça-feira é consequência do depoimento de Benedicto Junior, ex-presidente da construtora Odebrecht, em acordo de colaboração premiada.
Mas o prefeito contesta operação e diz que “não foi apresentada nenhuma nova acusação contra mim. Zero”.
Ele enfatiza que “as reportagens são absolutamente idênticas ao que foi apontado contra mim três anos atrás. Isso reforça a minha certeza de que essa ação foi motivada pelo procurador do prefeito Marcelo Crivella”.
“E teve só um objetivo: me prejudicar na disputa eleitoral desse ano, da mesma forma que fizeram em 2018. Se esperam que eu recue por causa disto eles estão redondamente enganados. Nós vamos seguir firmes para vencer as eleições e fazer o Rio voltar a dar certo”, diz no vídeo.
Em outra postagem, o ex-prefeito aponta que “nas vésperas da eleição meus adversários políticos mais uma vez vêm se utilizar de instrumentos da Justiça para associar minha imagem a coisa errada”.
“Em 2018 fizeram exatamente a mesma coisa, a poucos dias do primeiro turno [da eleição] para favorecer o ex-juiz Wilson Witzel [eleito governador], que hoje está afastado do cargo exatamente por denúncias de corrupção”, lembrou.
“Causa muita estranheza que uma história de 8 anos atrás seja explorada às vésperas de um processo eleitoral em que eu lidero em todas as pesquisas. Pior: por causa de um procurador do prefeito Marcelo Crivella”, afirma.
“Eu tenho certeza que mais uma vez eu vou ser absolvido pela Justiça, como aconteceu, aliás, em todos os processos em que me acusaram ou tentaram envolver meu nome injustamente”.
“Esse fato que ocorreu só me estimula mais a continuar firme na disputa eleitoral, vencer as eleições e fazer o Rio voltar a dar certo”, disse.
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