Uma pesquisa feita pelo professor Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenador do grupo de estudos Epicovid-19, aponta que cerca de 14 mil mortes e 30 mil hospitalizações teriam sido evitadas caso o governo Bolsonaro não tivesse ignorado as ofertas de venda de vacina feitas pela Pfizer desde agosto de 2020.
Em depoimento à CPI da Pandemia, o ex-executivo da Pfizer no Brasil, Marcos Murillo, confirmou que o governo Bolsonaro não respondeu às seis propostas feitas pela farmacêutica entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021.
Caso tivesse comprado, as primeiras doses do imunizante já poderiam estar no Brasil em dezembro do ano passado.
No cálculo, Pedro Hallal considera que 1,5 milhão de doses chegariam em dezembro de 2020 e 3 milhões entre janeiro e março de 2021, como indicavam as propostas da farmacêutica.
A conclusão da pesquisa é que entre 5 mil e 25 mil mortes seriam evitadas pelas vacinas. Entre 23 mil e 37 mil hospitalizações também não teriam acontecido.
Em seu Twitter, Hallal afirmou que “pelo menos 5.000 vidas perdidas e 30.000 hospitalizações causadas pela ‘preguiça’ em responder a um ofício”.