O renomado advogado internacional de crimes de guerra, Christopher Black, classificou o discurso de Trump diante da ONU como “uma impressionante auto-acusação”. Black – que fez parte do comitê internacional de juristas em defesa de Milosevic – afirmou que as palavras do presidente norte-americano eram um repúdio estranhamente explícito dos princípios da ONU e do direito internacional em vários aspectos.
Em relação à Coreia Popular, Black disse: “ O presidente dos EUA ameaça agressão sob o falso disfarce de ‘defesa’. Afirmar abertamente que os EUA agirão sozinhos para usar a força militar é uma violação da Carta das Nações Unidas. Esse uso unilateral da força militar também é uma violação dos princípios de Nuremberg que condenaram a Alemanha nazista pela promulgação de justificativas sem fundamento semelhantes para sua agressão”.
Black também acrescentou que a ameaça de Trump de “destruir totalmente a Coreia do Norte é defender o genocídio de um povo inteiro”. “Qualquer resposta militar a qualquer ataque deve ser proporcional – apenas o suficiente para parar o ataque. O objetivo declarado de Trump de limpar o estado norte-coreano e suas pessoas da face da terra é crime de genocídio sob o direito internacional”, reiterou o jurista.