O jurista Léo da Silva Alves vê como “revanchismo” a proposta de extinção da Justiça do Trabalho. Ele tem se posicionado nas redes sociais contra o que considera um ataque desnecessário ao Poder Judiciário e uma agressão aos direitos dos cidadãos.
“O país, em meio à corrupção, vive uma onda de retirar direitos das pessoas honestas e entregar o patrimônio público para multinacionais. Que se tirem, então, privilégios de minorias; e que sejam devolvidas para fora as empresas multinacionais que concorrem deslealmente com nossa indústria e lesam impunemente milhões de consumidores”, diz o jurista, que é pré-candidato a presidente da República pelo Partido Pátria Livre (PPL). Ele tem apoio do Movimento Cívico Nacional, que é liderado pela advogada pernambucana Maria da Conceição de Morais.
O professor afirma que a ideia de extinção da Justiça do Trabalho, a pretexto de enxugar custos, diminuindo o tamanho da máquina judicial, é uma reação mesquinha de parlamentares, atiçados pelo governo, em represália a posicionamentos de juízes contra a reforma trabalhista.
Segundo Léo da Silva Alves, os litígios não deixarão de existir com a extinção da Justiça trabalhista e o bom senso recomenda que se mantenha o sistema que funciona há décadas pacificando as relações de trabalho.
“A extinção de um ramo especializado do Judiciário seria o golpe de morte aos trabalhadores do Brasil e um risco aos próprios empresários, lançados a um ambiente temerário de conflitos com reflexo na satisfação do empregado e na qualidade da produção”, destaca.
Ele adverte que não se está nem pensando em reduzir gastos, nem em contribuir com a eficiência do Estado. “Para redução de despesas, há áreas de fácil ataque, dentro de uma administração incompetente e perdulária”, observa. O jurista vê, ainda, a mão do grande capital nesta iniciativa, que, segundo ele, tem interesse em acabar com o legado construído pelo trabalhismo criado por Getúlio Vargas.