Para Maia, preposto de Bolsonaro no Ministério da Saúde “é um desastre”

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, fala com jornalistas. Foto: Reprodução
“Um Ministério da Saúde do jeito que está, quem vai pagar a conta primeiro é a sociedade”, frisou o presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é um “desastre” e a sociedade vai “pagar a conta” dos demandos do ministro.

É bem verdade que Pazuello é um “desastre” porque ele faz o que Bolsonaro quer e está no cargo por causa do presidente da República.

“Acho que o ministro da Saúde é um desastre. Vai ser um desastre para o país primeiro e para o governo. Acho que a sociedade já começou a entender, e a área médica principalmente”, afirmou Maia, durante café com jornalistas nesta quarta-feira (16).

“Num momento de uma pandemia, um Ministério da Saúde do jeito que está, quem vai pagar a conta primeiro é a sociedade. É mais importante do que o governo pagar a conta”, completou.

“O ministro da Saúde vai muito mal. Acho que ele se perdeu na gestão do ministério. Em relação à questão da logística, que diziam que era o forte dele, até agora ele não apresentou nada organizado para a vacina, para nada”, declarou o presidente da Câmara.

Segundo Maia, a pandemia está disparando no país e o resultado será catastrófico diante de uma ministério gerido por um emissário de Bolsonaro. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil acumulava até as 13h da quarta-feira 183 mil mortos por Covid-19 e 6,98 milhões de pessoas que contraíram a doença.

“E acho que ele pode, sem dúvida nenhuma, além de prejudicar muito a imagem do Exército brasileiro, ele pode comprometer muito com essa falta de organização, com essa incompetência, tanto a solução para a vacina como a solução para esse aumento no número de infectados, de mortes, que precisaria de uma articulação de melhor qualidade entre governo federal, estados e municípios”, afirmou.

Em outubro, durante reunião com 24 governadores, o ministro da Saúde se comprometeu com eles que o governo federal compraria 46 milhões de doses da vacina CoronoVac, produzida pelo centenário Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, da China.

No dia seguinte, Bolsonaro, através das redes sociais, desautorizou seu ministro da Saúde e disse que “não compraria” a vacina.

Bolsonaro já deixou claro que é contra a vacina e a vacinação dos brasileiros. Para ele, a população tem que ficar à mercê do vírus e se infectar. Não tem que ter medidas de proteção e deve se aglomerar. Por isso, ele chamou os brasileiros de “maricas”, por se preocuparem com a contaminação da Covid-19.

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