![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/02/Patah-UGT.jpg)
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), divulgou um vídeo em suas redes sociais propondo que os sindicalistas, na mesa tripartite a ser constituída, se concentrem no que é consenso no movimento sindical. Defendeu uma repactuação do que considera os maiores obstáculos criados pela reforma trabalhista de 2017 que, na sua opinião, combinados, praticamente, impedem a livre negociação entre patrões e empregados.
Em primeiro lugar, citou homologações, que devem voltar “ao seio do movimento sindical”. Defendeu a volta da ultratividade, que mantém em vigor as conquistas enquanto não se conclui o novo acordo, e a revogação da emenda 45 (negociação só vai a dissídio coletivo quando houver comum acordo com o patrão). Propôs acabar com a possibilidade da “negociação individual” sem o sindicato. Defendeu o regramento do trabalho intermitente, para impedir que se torne análogo à escravidão, a regulamentação dos trabalhadores em aplicativos e plataformas e, por fim, que custeio do sindicato seja decidido em assembleia.
Patah disse que os elementos principais na estrutura da organização dos trabalhadores são os sindicatos e a unicidade sindical na base. Depois, as federações e confederações devem ser valorizadas na participação das negociações. A seguir, as centrais, que recebem as solicitações de apoio dos sindicatos, federações e confederações. Outras questões, como criação de agência sindical, conselhos, federação de centrais, devem ficar “para outro momento”. “Vamos resolver o mais simples, o mais objetivo e necessário. Vamos tentar nesses 90 dias (prazo da mesa tripartite) resolver esses pontos”. Para Patah, “o momento é único”, com a eleição do presidente Lula. Veja o vídeo na íntegra: