O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a tentativa de Jair Bolsonaro de passar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia é “legislar em causa própria, já que o filho do presidente foi flagrado pelo Coaf no escândalo do Queiroz”.
“Bolsonaro negocia com o Centrão o retorno do Coaf ao Ministério da Economia, retirando o órgão de prevenção à lavagem de dinheiro do Ministério da Justiça”, informou Randolfe através de suas redes sociais.
O Ministério da Economia é comandado por Paulo Guedes.
O Coaf pegou Flávio Bolsonaro e seu motorista, Fabrício Queiroz, em movimentações financeiras suspeitas. Queiroz movimentou R$ 7 milhões em sua conta bancária entre janeiro de 2014 e janeiro de 2017. O Coaf apontou ainda que o próprio Flávio Bolsonaro fez 48 depósitos suspeitos na sua conta, cada um de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil.
Queiroz, que tem se escondido da Justiça e da mídia, alegou apenas que recolhia o salário dos funcionários do gabinete de Flávio, então deputado estadual, para “ampliar a base de apoio ao deputado [Flávio]”.
O senador também questionou o silêncio de Bolsonaro sobre o esquema das candidatas laranja em Minas Gerais, que foi coordenado pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
“O ministro do Turismo de Bolsonaro já foi denunciado por inúmeras fontes, ameaçou uma deputada de morte e, agora, é alvo de uma “batida” da PF. Enquanto isso, o presidente, que é um falastrão notório, segue caladinho. Será que tem medo?”, questionou Randolfe, que também é o líder da Minoria no Senado.
Relacionadas