Depois de votar a favor de Aécio, o senador Jereissati (PSDB-CE) declarou que é preciso afastá-lo da direção partidária. Em suma, não há problema em ter Aécio no Senado do Brasil. Lá, ele deve abrilhantar a, como se dizia antigamente, “Câmara Alta” (Deus!). Agora, ter esse marginal como dirigente do PSDB, lá isso não. O Tasso é contra, porque é muito desagradável.
O senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, defendeu na quarta-feira (18) a renúncia do senador Aécio Neves (MG) da presidência do partido. “Eu acho que é (caso de renúncia). Porque agora ele não tem condições, dentro das circunstâncias que está, de ficar como presidente do partido. E nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória”, disse o tucano.
A declaração ocorre um dia após o Senado barrar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs o afastamento do mandato e recolhimento noturno ao senador mineiro. Aécio está afastado do cargo desde maio, quando veio a público a colaboração premiada da JBS, na qual ele é acusado de receber R$ 2 milhões em propina.
Torrado depois de aparecer pedindo propina a Joesley Batista, dono da JBS, o senador mineiro não é mesmo figura recomendável. Porém, defender a renúncia de Aécio coloca Jereissati numa situação vexatória. Afinal, o presidente interino defendeu e votou a favor de derrubar as medidas cautelares contra o colega de partido. Quer dizer que para o Brasil Aécio é bom, mas para o PSDB não serve?