Segundo o Presidente do SESI, Vagner Freitas, “o programa de reindustrialização apresentado à nação pelo presidente Lula vai gerar crescimento econômico e criar muito emprego de qualidade”. Vagner expôs como exemplo que “nós temos condição, competitividade e tecnologia para produzir plataforma de petróleo”, e a seguir questiona: “Por que, então, criar milhares de emprego no exterior e não aqui? A questão é que os grandes querem ver a gente exportando commodities a vida toda e importando os manufaturados”.
O programa de apoio à indústria prevê cerca de R$ 300 bilhões de suporte. “Os americanos protegem à sua indústria com alguns trilhões”, disse o ex sindicalista, na entrevista que concedeu à Band News. Ex-presidente da CUT, maior central sindical brasileira, foi nomeado presidente do SESI pelo presidente Lula. Segundo Freitas, “isso facilitou muito a interlocução entre trabalhadores e empresários, fundamental para o sucesso do Programa”.
Para Wagner, “a experiência do agronegócio é muito bem-sucedida, porque o plano safra terá financiamento de mais de R$ 400 bilhões por ano. Na indústria vamos perseguir para fazer igual”, afirmou. “Tem que ter investimento do Estado. O setor privado não tem como fazer esse investimento sozinho”, declarou.
Na avaliação de Freitas, “o investimento vai ter que aumentar muito para que o projeto ganhe efetividade. Vai ter que reduzir os juros com vontade”.
O presidente do SESI considera que o primeiro passo de um longo caminho foi dado. “O projeto foi muito bem capitaneado pelo vice-presidente Alckmin. Discutido amplamente no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial”. Para o ex-sindicalista, “as pessoas vão aprendendo com os erros”. “O Programa não foi direcionado para grupos de empresas. Não tem nenhuma prioridade para as megaempresas chamadas campeãs nacionais”, garantiu.
Tem que ter uma unidade nacional para que o projeto dê certo. “Afinal é a construção do Projeto Nacional de Desenvolvimento”, sintetizou.