Representantes dos servidores públicos do Poder Executivo do Paraná estão acampados na sede do Governo, em Curitiba, contra a proposta de reajuste salarial de 1%, desde a última segunda feira (25). Os servidores estão em vigília na Praça Nossa Senhora de Salete e prometem intensificar a mobilização.
Os trabalhadores pedem que o reajuste seja equivalente ao das demais categorias do funcionalismo público do estado (Legislativo, Judiciário, Tribunal de contas, MP e Defensoria Pública), cuja proposta que tramita da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) é de 2,76%, índice que cobre a inflação do últimos 12 meses.
Desde 2016 os servidores não possuem reajuste salarial, quando o então governador Beto Richa (PSDB) congelou os reajustes até 2019. A atual governadora, Cida Borghetti (PP), prometeu pôr fim ao congelamento, mas não chegou nem próximo de uma medida que contemplasse os anseios da categoria.
Ao invés de elevar o índice de reajuste, o governo está pressionando para que os demais poderes reduzam o índice ao mesmo 1%, alegando que um índice menor garantiria o repasse à União R$ 1,9 bilhão, como parte da dívida estadual.
O secretário da Fazenda, José Luiz Bovo, justifica que a falta de dinheiro e a preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal impedem que o governo atenda as reivindicações. Já os trabalhadores rebatem em nota que se o “Estado pagasse o acumulado dos últimos 12 meses (2,76%), ficaria ainda longe de esbarrar nos limites jurídicos e fiscais da Lei.”
Deputados estaduais retiraram o projeto de pauta para que pudessem ter mais tempo de diálogo entre os servidores e o Governo. Deputados como Marcio Pacheco (PPL) e Tadeu Veneri (PT) buscam fazer a ponte entre os trabalhadores e o governo para se chegar à reposição integral da inflação (2,76%).