O preposto de Temer na Petrobrás, Pedro Parente, disse na segunda-feira (27), na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que pretende entregar parte da área de refino da estatal para multinacionais, chamada de “parceiras”, assim como foi feito na área de exploração e produção.
Com a política de privatização pelas beiradas, chamada de “desinvestimento”, já foram vendidos campos de petróleo, como Libra e Carcará no pré-sal, gasoduto, Liquigás, protocolada venda de 40% das ações da BR Distribuidora e chegou a vez das refinarias.
Agora, a Petrobrás estuda a venda de participação em seis refinarias: Duque de Caxias (Reduc-RJ), Gabriel Passos (Regap-MG), Abreu e Lima (Rnest-PE), Landulpho Alves (Rlam-BA), Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR) e Alberto Pasqualini (Refap-RS), segundo reportagem de O Globo. Juntas, essas unidades têm capacidade de refino de aproximadamente 1,235 milhão de barris/dia de petróleo, cerca de metade da capacidade total processamento, de 2,176 milhões de barris diários.
O refino de petróleo é o principal gargalo no setor de petróleo, com o país gastando milhões de dólares em importação de combustíveis, ao mesmo tempo em que levou anos na construção da Abreu e Lima, se paralisou o Comperj e se cancelou a construção das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará. Ou seja, o país vai continuar importando combustíveis das multinacionais.
A venda de fatias de refinarias faz parte do plano de desmonte da empresa, chamado eufemisticamente de “desinvestimento”, que prevê a entrega de US$ 21 bilhões em ativos entre 2017 e 2018.
Atualmente, a Petrobrás detém 99% da produção de combustíveis, como gasolina e diesel.