O preposto de Temer na presidência da Petrobrás, Pedro Parente, elevou pela terceira vez em apenas quatro dias o preço da gasolina. O aumento nas refinarias para as distribuidoras foi de 0,5% para a gasolina e de 0,6% para o diesel e começou a valer na terça-feira (6). No sábado (3), a alta foi de 0,6% e na sexta-feira (2), de 0,8%.
Como se estivesse muito preocupado com o desempenho da maior estatal do povo brasileiro, Parente decidiu especular com a gasolina, submetendo os consumidores, empresários brasileiros e o país ao preço ditado pelo cartel do petróleo. “A Petrobrás não tem poder de formar preços. Trata-se de uma commodity internacional, que tem uma formação de preço pelo mercado. Não podemos correr o risco de impor distorções ao balanço da Petrobrás, praticando preços que são diferentes na realidade internacional”, declarou Parente, na segunda-feira (2), ao sair do Ministério de Minas e Energia.
“Decorrido pouco mais de um ano desta política, insensata e impatriótica, o que vemos é a maciça importação de diesel e gasolina, combinada com o absurdo, ainda maior, de uma ociosidade de mais de 25% no parque de refino nacional. Além disso as exportações de óleo cru dispararam, deixando o país de se beneficiar com o valor agregado proporcionado pelo refino. No período de janeiro a novembro de 2017, as importações de gasolina e as de diesel explodiram, chegando ao absurdo de mais de 200 milhões de barris, nível jamais alcançado, nem mesmo quando nossa economia apresentava bom desempenho”, afirma Ricardo Maranhão, conselheiro da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) no artigo A Petrobrás não é padaria, reproduzido no site da Hora do Povo.
O litro da gasolina foi vendido por R$ 4,221, na média de 5.756 postos consultados entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro. Em alguns postos, o preço chegou a R$ 5,150, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).