O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, e o presidente da BP, Robert Dudley, assinaram em Londres, no último dia 11, um memorando para complementar e reafirmar os propósitos de subjugar a estatal brasileira aos interesses da multinacional britânica, do cartel internacional do petróleo, que 0 entreguista aboletado por Temer na direção da Companhia chama de “aliança estratégica” (sic!).
“Iniciamos esse movimento de atuação conjunta nos últimos leilões e esperamos estender e expandir estas oportunidades de negócio para além da exploração e produção”, afirmou Parente.
Sem disfarçar, Dudley declarou todo empolgado: “A Petrobrás é uma empresa de energia de classe mundial com a qual a BP construiu fortes relacionamentos ao longo de muitos anos. Estamos empolgados para aprofundar nossa parceria e explorar ainda mais oportunidades em todos os nossos negócios – em upstream, downstream, trading e baixo carbono – tanto no Brasil quanto no exterior. Acreditamos que trabalhar juntos nessa aliança pode gerar valor real para a BP e a Petrobrás”.
A Petrobrás já tem participação em conjunto com a BP em 16 blocos de exploração no Brasil. O acordo com multinacionais, assim como já assinado com a francesa Total, faz parte do Plano de Negócios e Gestão 2018-2022 estabelecido por Temer/Parente.
Para a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), “parceria estratégica é o novo codinome de privatização”. “Diante das restrições para aceleração das privatizações decorrentes da sistemática exigida pelo TCU a alta direção da Petrobrás passou a formar estratégicas parcerias. Por meio da parceria com a francesa Total vendeu 22,5% (do total de 65% que possui) da concessão de Iara e outra de 35% (dos 45% que possui) no campo de Lapa. Em fato relevante a Petrobrás informa que o acordo envolve US$ 2,2 bilhões”.
VALDO ALBUQUERQUE