Pária volta a afrontar STF e defender o criminoso Silveira em fala golpista

Foto: Alan Santos - PR

Jair Bolsonaro fez discurso com tom golpista para policiais militares, na sexta-feira (13), e disse que as “pessoas de bem” precisam atuar para “garantir a nossa liberdade” que está sendo roubada por “marginais em gabinetes com ar-condicionado”.

Sem citar nomes ou episódios, Bolsonaro fez uma ameaça velada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o criminoso Daniel Silveira (PTB-RJ) por ter atacado ministros da Corte.

Bolsonaro procurou envolver as Forças Armadas no seu discurso golpista.

“Nós, pessoas de bem, civis e militares, precisamos de todos para garantir a nossa liberdade. Porque os marginais do passado usam, hoje, de outras armas, também em gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade”, disse.

Bolsonaro já falou diversas vezes que a condenação de Silveira foi um ataque à “liberdade de expressão”.

Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaçar e agredir o STF, o que é inconstitucional, portanto, fora da lei, fora das quatro linhas. Em um dos vídeos de Daniel Silveira, ele, além de ofender e xingar ministros do STF, instigou seus seguidores a invadir a Corte, esganar o ministro Alexandre de Moraes, cortar sua cabeça e jogar “no lixo”.

É esse bandido que Bolsonaro ousa defender perante as Forças Armadas e dizer que ele tem direito à “liberdade de expressão”.

“No passado, sempre as Forças Armadas e as forças auxiliares estiveram juntos. Lá atrás, nos anos 70, não foi diferente. Os grandes inimigos nossos eram aqueles que queriam roubar não o nosso patrimônio, mas roubar a nossa liberdade”, continuou.

Os anos 1970, depois do golpe de 1964, ficaram marcados pela perseguição, tortura e assassinato de lideranças políticas, jornalistas e estudantes que lutavam pela democracia.

A fala foi realizada em uma formatura da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo.

Ainda no evento, Bolsonaro admitiu que seu “grande sonho” enquanto presidente é aprovar o excludente de ilicitude, ferramenta que permitiria militares e policiais cometerem crimes, sem serem atacados, durante missões e nunca pagarem por eles.

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