
A Frente Parlamentar Mista da Educação protestou contra a posse de Nikolas Ferreira (PL-MG) como presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. De acordo com os parlamentares da frente, Ferreira não possui qualificação técnica ou histórico político compatível com a função.
A bancada considera a condução de Nikolas como “motivo de especial inquietação”, uma vez que “o parlamentar não tem atuação na área ou profundidade para conduzir os trabalhos em um tema que é central para o desenvolvimento do país”.
O deputado, representante do bolsonarismo no Congresso, encerrou seu primeiro ano de mandato sem apresentar qualquer projeto de lei sobre Educação.
Além de não possuir projetos de lei na Câmara, Nikolas Ferreira nunca compôs um colegiado do tipo, seja na no Congresso Nacional, seja na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde exerceu mandato como vereador entre 2021 e 2022.
A única ação do deputado quando era vereador foi aprovar no município, uma lei proibindo o uso de linguagem neutra em material didático nas escolas.
Além de repudiar a escolha de Nikolas para assumir a comissão, a frente parlamentar ressaltou “que a Comissão de Educação deve ser um colegiado seriamente comprometido com o avanço e a melhoria da educação. A sua liderança precisa refletir o engajamento necessário com a urgência e a seriedade que o tema requer, em prol do futuro de milhões de brasileiros”, cobrou a bancada.
Fora do parlamento, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação afirmou ter recebido com preocupação a notícia. “No histórico da vida política do Deputado Nikolas existem muitos fatos que atacam os Direitos Humanos, educacionais e sociais. Mas entendemos a dinâmica do Congresso Nacional e temos a expectativa que o Parlamentar, na atuação de Presidente de uma Comissão fundamental para o povo brasileiro, possa fazer as escutas necessárias, respeitar as diversidades de opiniões e atuar de forma republicana”, afirmou seu presidente, Heleno Araújo.
TERRAPLANISMO BOLSONARISTA
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP) também criticou a nomeação de Nikolas. “A UMES de São Paulo se coloca a postos para um debate sério e construtivo em defesa da educação e dos estudantes brasileiros e repudia qualquer tentativa de transformar a Comissão de Educação em um ambiente de retrocesso pelos aliados do bolsonarismo”.
“Neste ano de 2024, importantes pautas de interesse dos estudantes e da sociedade deverão ser debatidos no parlamento brasileiro, em especial as mudanças no Ensino Médio e no Plano Nacional de Educação, que são fundamentais para mudarmos a realidade de milhões de jovens brasileiros. Um dia após a sua eleição, o deputado, que já chegou a dizer “não ter estudado” se o planeta Terra é ou não redondo e que “cagaria” para o tema, afirmou que pretende debater a famigerada educação domiciliar (homeschooling), onde os pais, ou tutores, seriam os responsáveis formais pela educação dos filhos”.
“A tese, que exclui a escola como eixo fundamental da Educação já foi amplamente rechaçada por todo o setor educacional, mantendo coro somente entre os fundamentalistas religiosos e bolsonaristas, que tem aversão a tudo o que é coletivo. Vale lembrar que o parlamentar possui ainda uma condenação por transfobia contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e, ao longo da pandemia, manteve uma postura anti-cientifica, divulgando diversas fake news contra a vacinação da população e incentivando os ataques de Bolsonaro à Saúde, que resultaram na morte de mais de 700 mil brasileiros”.
Comissão de Educação da Câmara, agora pode ser chamada de comissão do atraso da mentira do ódio e etc.. Esse tal de Nikolas Ferreira não colas
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Chamada de
Isso aí é um moleque mimado e sem noção. E mais sem noção ainda quem votou nele . Está brincando de ser deputado! Fora excrescência! Respeite a comissão de educação!