Parlamentares da base governista e da oposição estão pressionando para que o deputado golpista Daniel Silveira (PTB-RJ) seja retirado da Comissão de Constituição e Justiça.
Alguns deputados entraram em contato com o Supremo Tribunal Federal (STF) para comunicar que o deputado, condenado pela Corte por ameaçar seus ministros e a democracia e que foi, depois, perdoado por Jair Bolsonaro, está sendo questionado. O partido dele, o PTB do presidiário Roberto Jefferson, resiste e quer manter a indicação.
Apesar de ter defendido um golpe contra a Constituição, o PTB indicou Daniel Silveira para uma vaga na CCJ, a mais importante da Câmara, pois avalia cada projeto antes de ser votado em Plenário.
A indicação está soando, para os deputados federais, como uma afronta ao STF, que condenou Daniel Silveira por 10 votos contra 1.
Segundo apurou o UOL, o próprio PTB foi pressionado.
Ainda assim, o partido não comentou sobre Daniel Silveira ter sido eleito primeiro-vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e ser indicado para as Comissões de Esporte e Cultura, além da suplência em Educação.
Há uma semana, o STF condenou Daniel Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão por suas repetidas ameaças aos ministros da Corte e por defender um golpe contra a democracia.
No dia seguinte, Jair Bolsonaro concedeu perdão presidencial para o deputado criminoso.
ISOLADO
O portal Metrópoles registrou Daniel Silveira isolado na reunião da CCJ da quarta-feira (27).
Ele passou um bom tempo sentado sozinho na sessão da comissão.
“Mesmo com a sala cheia, Silveira permaneceu sem companhia na primeira fila da CCJ. Nem apoiadores de Bolsonaro escolheram um lugar ao lado dele. João Campos, do Republicanos, e Clarissa Garotinho, do União Brasil, preferiram os assentos mais atrás para participar da sessão”, registrou a reportagem do Metrópoles.