O Parlamento Europeu adotou uma resolução, que exige um embargo à escala da União Europeia sobre as vendas de armas para a Arábia Saudita devido aos crimes de guerra que cometeu no Iêmen. A resolução também critica os membros da UE que seguem vendendo armas ao reino do Golfo. A moção foi aprovada por 539 votos a favor e só 13 contra. 81 deputados se abstiveram.
O parlamento da UE “condena nos termos mais fortes a violência em curso no Iêmen e todos os ataques contra civis e infra-estruturas civis, que constituem crimes de guerra”, diz a resolução aprovada na quinta-feira (30), que condena a Arábia Saudita por matar e ferir indiscriminadamente civis “em violação das leis da guerra, inclusive através do uso de munições de fragmentação proibidas internacionalmente”.
A resolução também “deplora” o bloqueio do Iêmen estabelecido pela coalizão encabeçada pelos saudistas e condena “os ataques aéreos indiscriminados da coalizão que conduzem a baixas civis, inclusive crianças, e a destruição de infra-estrutura médica e civil”.
Os deputados europeus pediram à chanceler da UE, Federica Mogherini, que lance “uma iniciativa para impor um embargo de armas da UE contra a Arábia Saudita”. Eles também pediram “uma estratégia integrada da UE para o Iêmen” e exortaram todas as partes do conflito “a acordarem urgentemente a cessação das hostilidades e a volta às negociações de paz”. A resolução também repudia os estados-membros que seguem vendendo armas para os sauditas, apesar dos numerosos relatos de crimes de guerra no Iêmen.