Em mais um empolgante momento dos Jogos de Inverno de 2018, disputados em PyeongChang, as duas patinadoras no gelo, que representaram a Rússia, Yevgenia Medvedeva e Alina Zagitova, quebraram, uma após a outra, os recordes mundiais, para mulheres, no esporte.
No dia 21, numa disputa que envolveu 25 atletas de diversos países, em uma apresentação impecável, ao som de um Noturno de Chopin, Medvedeva superou sua própria marca anterior e obteve 81,06 pontos, até aquele momento o recorde mundial na categoria.
Sua marca durou poucos minutos. Logo depois dela, Zagitova se apresentou com o Cisne Negro, de Tchaikovsky. Sua apresentação, obteve 82,92 pontos, o atual recorde.
Percebendo a força da apresentação de Zagitova, todo os presentes se puseram de pé em aplausos, com inúmeras bandeiras russas agitadas por todo o estádio.
Esta sexta, Zagitova e Medvedeva, voltam a competir, como finalistas podendo obter as medalhas de ouro e prata para seu país.
Quem acompanha a saga dos atletas russos, discriminados desde as Olimpíadas de 2016, disputadas no Rio de Janeiro, quando lhes foi negado o direito de desfilarem com a bandeira de seu país e com dezenas de desfalques, através de uma manobra sabotadora comandada pelos Estados Unidos, que usou de sua influência no Comitê Olímpico Internacional (COI), torcia por um momento como este.
As denúncias de doping coletivo foram fartamente desmontadas pelo Comitê Olímpico Russo e dezenas de atletas russos obtiveram uma vitória importante quando o Comitê de Arbitragem do Esporte (CAS, sigla em inglês) reabilitou dezenas de atletas que estavam banidos do esporte, dias antes da atual Olimpíada de Inverno.
Mantendo o clima de histeria macartista contra a Rússia, que tem dado um notável exemplo em termos de resistência à política externa imperial norte-americana, o COI se recusou a convidar diversos dos atletas que foram inocentados pela decisão do CAS, com sede em Lausane.
Afinal as duas jovens representantes russas atenderam a exortação da atleta Yelena Isinbayeva, de superação nestas Olimpíadas, nas quais a delegação russa foi a única no mundo obrigada a desfilar com uma bandeira com o símbolo olímpico apenas com o dístico OAR (Atletas Olímpicos Russos).