“Não é razoável que o Governo Federal pretenda que Estados e Municípios financiem a solução de um problema que foi criado por ele”, diz a nota do governador de Pernambuco.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tomou medidas para amenizar a situação diante da greve dos caminhoneiros no Estado e emitiu uma nota cobrando solução para o problema. Para o governador, os caminhoneiros “protestam contra os aumentos exagerados no preço do óleo diesel”.
No texto, o governo pernambucano chama a atenção para o fato de que a “solução para esse impasse” está “nas mãos do Governo Federal”.
“Estados e Municípios são hoje responsáveis pela maior parte dos recursos destinados às áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública. Não é razoável que o Governo Federal pretenda que Estados e Municípios financiem a solução de um problema que foi criado por ele”, diz a nota.
Em entrevista, Câmara criticou o governo federal que propõe uma redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel para negociar com os caminhoneiros. “Não vamos de maneira nenhuma, no momento de crise pelo qual passamos, abrir mão de receita de saúde, de educação, de segurança, para garantir lucro da Petrobras. Pernambuco não iniciou esse movimento de alta de combustíveis, foi a Petrobras, sem diálogo, sem conversa, como também fez no preço do gás de cozinha”, afirmou.
Sem dúvida, foi a política criminosa de preços aplicada pela direção da Petrobrás, encabeçada por Pedro Parente, homem das multinacionais colocado lá para favorecer os acionistas estrangeiros da estatal.