
O operador financeiro tucano, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, admitiu à Receita Federal ser dono de pelo menos quatro contas na Suíça com cerca de R$ 137 milhões guardados.
Paulo Preto já foi condenado em primeira instância por crimes cometidos enquanto diretor da Dersa (estatal rodoviária paulista) e como operador financeiro do cartel de empreiteiras que assaltou a Petrobrás, somando 172 anos de pena.
Há um ano, o Ministério Público da Suíça já havia indicado que quatro contas no banco Bordier & Cia em nome de uma offshore panamenha tinham como beneficiário Paulo Preto e somavam cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a R$ 137 milhões.
Além de distribuir a propina dada pelas empreiteiras aos diretores da Petrobrás, Paulo Preto também controlava um esquema de evasão de divisas. A partir de offshores, ele controlava a movimentação de dinheiro dentro e fora do país.
Depois de muito relutar, Paulo Preto agora admitiu ser beneficiário das contas encontradas na Suíça e pagou uma multa, cujo valor está mantido em sigilo.
A mudança de estratégia da Defesa de Paulo Preto não necessariamente salva sua pele, uma vez que os recursos encontrados no exterior não condizem com seu salário de engenheiro ou a prática de compra e venda imobiliária por ele mantida.
Além dos crimes cometidos junto às empreiteiras na Petrobrás, pelos quais foi condenado a 145 anos, Paulo também fraudou licitações da Dersa em benefício das empreiteiras e inseriu dados de suas próprias empregadas no sistema que organiza o pagamento de indenizações e distribuição de apartamentos CDHU para pessoas que foram afetadas por obras públicas. Por estes crimes, foi condenado a 27 anos.
Matérias relacionadas: