Ex-presidente da Dersa é acusado de ser operador do PSDB
Documentos do Ministério Público da Suíça, enviados ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, revelam que o ex-presidente da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha R$ 113 milhões em quatro contas diferentes.
Paulo Preto foi entre 2005 e 2006, sob a gestão de Alckmin, coordenador do grupo de investimentos rodoviários entre o Estado e os municípios, e a partir de 2007, quando Serra assumiu o governo, virou diretor da Dersa, estatal de que cuida das rodovias do estado. Ele é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de ser operador do PSBD, em desvios de ao menos R$ 100 milhões em recursos do Rodoanel.
O montante descoberto na Suíça consta de uma decisão da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, que foi anexada ao inquérito no STF pela defesa de Paulo Preto na última terça-feira (20).
De acordo com o Ministério Público da Suíça, as quatro contas no banco Bordier & Cie em nome da offshore panamenha Groupe Nantes S/A, “cujo beneficiário é o investigado Paulo Vieira de Souza […] atingiam o saldo conjunto de cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a R$ 113 milhões, convertidos na cotação atual”. Ainda segundo os suíços, os valores transferidos um banco em Nassau, nas Bahamas.