“A pandemia do coronavírus evidenciou um cenário desafiador para todo o mundo e reafirmou a importância da saúde universal para o desenvolvimento e segurança das nações”, disse o general em mensagem à 73ª Assembleia Mundial da Saúde
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou na manhã desta segunda-feira (18), por videoconferência, da 73ª Assembleia Mundial da Saúde. Em seu discurso, o ministro se distanciou bastante do tom, muito criticado internacionalmente, adotado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O general Pazuello se solidarizou com os familiares das vítimas do coronavírus no Brasil e no mundo e reforçou a cooperação do Ministério da Saúde do Brasil com estados e municípios na luta dos brasileiros contra a Covid-19.
O encontro foi transmitido na internet pelo site da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na ocasião, Pazuello reforçou a disposição do Brasil em apoiar e participar das iniciativas e cooperações internacionais para diagnóstico, medicamentos, vacina e tratamento da pandemia. O discurso foi feito em inglês.
“A pandemia do coronavírus evidenciou um cenário desafiador para todo o mundo e reafirmou a importância da saúde universal para o desenvolvimento e segurança das nações. Reforço o compromisso do Brasil em apoiar e participar das iniciativas internacionais, como o “Solidarity Trial”, e a Aliança Global por acesso a vacina e tratamento contra COVID-19, que fortalecem a cooperação internacional e buscam garantir o acesso universal, ao diagnóstico, aos medicamentos e as vacinas, que nos permitirão salvar mais vidas e retornar à normalidade de forma segura, sem que ninguém fique para trás”, disse.
Pazuello também explicou que o Brasil se organiza em duas grandes estruturas no momento. O Comitê de Crise, coordenado pela Casa Civil e que tem a missão de propor, acompanhar e articular medidas intersetoriais, e o Comitê de Operações de Emergência, coordenado pelo Ministério da Saúde, cuja função é definir estratégias e ações do sistema de saúde relacionadas às respostas da emergência de saúde pública relacionadas ao coronavírus.
Durante seu discurso, o ministro interino da Saúde reforçou que o Brasil é um país com dimensões continentais e com características diversas em cada uma de suas regiões, o que faz com que sejam traçadas e estabelecidas estratégias específicas para cada local para o enfrentamento do coronavírus. Nesse momento, o foco de ações do Ministério da Saúde está concentrado nas regiões Norte e Nordeste, que são as mais afetadas.
“O Governo Federal conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando estados e municípios com os recursos necessários, financeiros, materiais e pessoal”, ressaltou. “Além disso, o Ministério da Saúde também está ajustando seus protocolos e diretrizes com base em evidências científicas e nas experiências exitosas nacionais e internacionais dos lugares mais afetados”.
Os profissionais de saúde foram homenageados no discurso do ministro que fez questão de agradecer empenho e esforço desses profissionais que ajudam a mitigar e tratar a pandemia no país. “Gostaria de manifestar meu mais profundo respeito e agradecimento a esses milhares de profissionais e a todas as pessoas que participam desta operação, em especial àqueles na linha de frente, que corajosamente se expõem diariamente aos riscos de contaminação para salvar vidas”, agradeceu Pazuello.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO DISCURSO
Senhor Diretor-Geral, distintos Ministros, Senhoras e Senhores,
Primeiramente eu gostaria de me solidarizar com todas as famílias do mundo, em especial do Brasil, que tiveram perdas por essa doença.
A Pandemia do coronavírus evidenciou um cenário desafiador para todo o mundo e reafirmou a importância da saúde universal para o desenvolvimento e segurança das nações.
O Brasil, para o enfrentamento desta pandemia, está organizado em duas macro estruturas: o comitê de crise, coordenado pela casa civil, e o comitê de operações de emergência, coordenado pelo Ministério da Saúde. O primeiro tem a missão de propor, acompanhar e articular medidas intersetoriais e o segundo tem a missão de definir estratégias e ações do sistema de saúde, relacionadas as repostas da emergência de saúde pública para fazer frente ao coronavírus.
Por ser o Brasil, um país com dimensões continentais e com características tão diversas, temos estabelecido estratégias adequadas a cada região, através do diálogo entre os três entes federativos, com foco atual na região norte-nordeste do país, que são as regiões mais afetadas até o momento.
O governo federal conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando estados e municípios com recursos necessários, financeiros, materiais e pessoal, para mitigar os efeitos da pandemia. Além disso, o Ministério da Saúde vem ajustando seus protocolos com base em evidências e nas experiências exitosas nacionais e internacionais dos lugares mais afetados.
Neste momento, gostaria de manifestar meu profundo respeito e agradecimento aos milhares de profissionais de saúde e a todas as pessoas que participam deste operação, em especial aqueles na linha de frente, que corajosamente se expõem diariamente aos riscos de contaminação para salvar vidas.
Finalizando reforço o compromisso do Brasil em apoiar e participar das iniciativas internacionais, como o Solidarity Trial, e a aliança global por acesso a vacina e tratamento contra a Covid-19, que fortalecem a cooperação internacional e buscam garantir o acesso universal, ao diagnóstico, aos medicamentos e as vacinas, que nos permitirão salvar mais vidas e retornar à normalidade de forma segura, sem que ninguém fique para trás.
Obrigado!