
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o PDT é “fundamental” na base política do governo Lula e que está em contato com as lideranças do partido para “superar essa situação envolvendo a Previdência”.
O ex-ministro da Previdência Social e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, deixou o cargo no governo depois da revelação do esquema que descontava dinheiro das aposentadorias e pensões sem autorizações. Lupi não foi citado em nenhum momento da investigação.
Gleisi contou que o governo está “conversando com as lideranças do partido para superar essa situação envolvendo a Previdência. É um partido fundamental na nossa base [aliada]”.
“O PDT é um aliado histórico. Vamos fazer todo esforço para que estejam conosco em 2026. Acredito que estarão”, continuou.
O pedido de demissão de Carlos Lupi ocorreu diante da pressão que surgiu com a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que desbaratou um esquema ilegal de descontos sobre aposentadorias e pensões.
Os criminosos fraudaram assinaturas de aposentados e pensionistas para conseguir descontar diretamente no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) os valores correspondentes às contribuições mensais de associação. Desde 2019, segundo a investigação, foram desviados até R$ 6,3 bilhões.
Ao anunciar que deixaria o Ministério, Lupi destacou que “todas as apurações foram melhoradas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. (…) Meu nome não foi citado em nenhum momento na investigação em curso”.
Wolney Queiroz, que era secretário-executivo na gestão de Lupi, assumiu a chefia do Ministério. O PDT comentou que Wolney tem o compromisso de continuar “fortalecendo a política previdenciária no Brasil”.