A ação do PDT pede que o ministro Benedito Gonçalves solicite a Alexandre de Moraes o encaminhamento para o TSE das cópias oficiais dos documentos encontrados na casa de Torres
O PDT (Partido Democrático Trabalhista) entrou na sexta-feira (13) com um pedido junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a minuta do golpe encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, seja incluída no processo da legenda contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na ação referida, o partido pede a investigação da conduta do então chefe do Executivo durante reunião com embaixadores em Brasília. De acordo com o documento, a ação movida busca “densificar os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político tendente promover descrédito a esta Justiça Eleitoral e ao processo eleitoral, com vistas a alterar o resultado do pleito”. Nesta ação, ele pode ficar inelegível.
Em julho de 2022, o PDT entrou com a ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral para investigar Bolsonaro e seu candidato à vice-presidência, Braga Netto, “por suposta conduta vedada a agente público entrelaçada com abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social” depois de reunião com embaixadores em Brasília. Na ocasião, o então presidente atacou o TSE e o sistema eleitoral brasileiro. Fez também acusações infundadas contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
A ação do PDT também pede para que o ministro Benedito Gonçalves solicite ao ministro do STF Alexandre de Moraes o encaminhamento para o Tribunal Superior Eleitoral das cópias oficiais dos documentos encontrados na casa de Torres. O ex-ministro foi preso neste sábado (14).
Na quinta-feira (11), a Polícia Federal encontrou na casa de Anderson Torres uma minuta para Bolsonaro decretar Estado de Defesa. O objetivo do documento seria intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado da eleição de 2022. Bolsonaro foi derrotado por Lula no segundo turno da eleição e até hoje não reconheceu a derrota.