O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, condenou na última sexta-feira (3), o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB), na operação Lava-Jato. É a quinta condenação do peemedebista, que soma uma pena de 100 anos e oito meses de prisão.
Nesta última sentença, Cabral recebeu 13 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro do valor de R$ 4,5 milhões em jóias. Adriana Ancelmo, ex primeira-dama, também foi condenada a 10 anos e oito meses pelo mesmo crime. Além dela, os operadores financeiros do ex-governador, Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra, também foram alvos de condenação no mesmo processo.
Na sentença, Marcelo Bretas afirmou que Sérgio Cabral era “o principal idealizador do audaz esquema de lavagem de dinheiro revelado a partir da deflagração da Operação Calicute, esquema esse que movimentou milhões no Brasil e no exterior e envolveu diferentes formas de lavagem”.
O dinheiro que bancou as jóias de Cabral e Adriana Ancelmo era oriundo de propinas pagas por empreiteiras entre os anos de 2007 e 2014, em contratos para obras do metrô, reforma do Maracanã, PAC das Favelas e do Arco Metropolitano.
“A magnitude de tal esquema impressiona, sobretudo pela quantidade de dinheiro movimentado. Especificamente no caso dos autos, foram ‘lavados’ mais de quatro milhões de reais em apenas 5 operações de compra de jóias. Não bastasse isso, a lavagem de dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação mais severo”, escreveu ainda o magistrado em sua decisão.
Sérgio Cabral é denunciado por corrupção passiva em 14 processos, por lavagem de dinheiro em 10, evasão de divisas em 3, associação criminosa em 1 e fraude em licitação, abuso de poder econômico e formação de cartel em outra. O peemedebista só foi condenado em 5 dos 21 processos contra ele, e sua pena já ultrapassa 100 anos.
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