No mês de abril, o governo pagou a primeira parcela da nova rodada do auxílio emergencial. Mesmo assim, mais da metade da população desaprova a gestão do presidente; 52% rejeitam e apenas 24% aprovam
Durante todo o mês de abril, o governo federal liberou a primeira parcela da nova rodada do pífio auxílio emergencial para 45 milhões de pessoas. Mas, ao contrário de 2020, quando a concessão do benefício foi rapidamente capturada pela avaliação de desempenho do presidente Jair Bolsonaro, o movimento não se repetiu ainda este ano.
A desaprovação do presidente continua alta, com 52%, sendo a segunda pior desde o começo do governo. A aprovação é de apenas 24%, e os que nem aprovam nem desaprovam somam 22%. Em relação à quinzena anterior, os três percentuais variaram dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. É o que mostra a pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta sexta-feira (7).
Pesquisa Exame realizada há três semanas revelou que a desaprovação do governo era de 54% da população; 25% aprovavam; e 20% eram “nem nem”.
Além da avaliação do governo e do presidente da República, a pesquisa aferiu a CPI da Covid-19 e a economia. A CPI já é de amplo domínio público, pois 67% da população tomaram conhecimento que foi instalada no Senado para apurar a gestão dos governos — federal e estaduais e municipais que receberam recursos federais —, em relação à pandemia; 33% não.
A investigação é aprovada por 59%; nem aprovam, nem desaprovam 34%; e desaprovam ínfimos 7% dos brasileiros.
“Vale notar que a CPI é desconhecida por 1/3 dos brasileiros. Isso dá uma demonstração que grande parte do país ainda não está acompanhando de maneira mais profunda ou em tempo real os andamentos da CPI. O que chama a atenção não é o grau de aprovação da sociedade em relação à instalação da CPI. O mais interessante é que os números chegam a 72% para quem tem ensino superior e quase 66% para quem é da ‘classe A e B’. Obviamente quem avalia o governo como ruim/péssimo também tem um patamar acima da média na aprovação da CPI, chegando a quase 67%”, diz Maurício Moura, fundador do Ideia, instituto especializado em opinião pública.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
Segundo a pesquisa, 50% da população acham que o governo do presidente Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo; 25% o veem como ótimo/bom; e 23% acham regular.
A maneira de presidente governar é rejeitada por 52% dos brasileiros, que o desaprovam. Apenas 24% o aprovam e 22% são “nem nem”.
Dos que o aprovam, 40% são do segmento evangélico; e 24% são católicos.
“A gente vê claramente que há uma estabilidade na aprovação presidencial. Ótimo e bom estão completamente na margem de erro e ruim e péssimo, também. Vale destacar a força do presidente no Centro-Oeste e a recuperação da aprovação no Norte. Isso se deve ao primeiro mês inteiro da volta do auxílio emergencial. Também vale destacar como o presidente tem performado mal nos grupos de ensino superior e de renda mais alta. É o efeito do ritmo lento de vacinação”, avalia Maurício Moura.
M. V.