A Petrobrás comunicou nesta terça-feira (15) um aumento nos preços dos combustíveis para os distribuidores. O reajuste, que passa a valer nesta quarta-feira (16), terá impacto de R$ 0,41 por litro de gasolina comercializado (aumento de 16,3%), enquanto o diesel terá um acréscimo de R$ 0,78 por litro (+ 25,8%).
Assim, o preço por litro de gasolina saindo das refinarias será ajustado para R$ 2,93, enquanto o diesel passará a ser comercializado por R$ 3,80 aos distribuidores.
Aos preços dos combustíveis vendidos para o consumidor final ainda são adicionados impostos locais, composição dos combustíveis e as margens de lucro dos revendedores para chegar ao preço do litro nas bombas.
Em nota, a Petrobrás registra que, apesar deste aumento, houve no acumulado de 2023 uma redução nos preços dos combustíveis, refletindo em um recuo de R$ 0,15 por litro no caso da gasolina e de R$ 0,69 por litro no diesel.
Esta redução dos preços dos combustíveis é atribuída à nova política de preços da companhia, que desde maio rompeu com a paridade de importação (PPI), que ajustava os preços conforme a variação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.
“Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, diz a Petrobrás.
Apesar de não ter mais a paridade com os preços internacionais como referência, o aumento anunciado é explicado pela Petrobrás como uma necessidade de reequilíbrio dos preços dos combustíveis com os praticados no mercado e, também, para ajustar as margens de lucro da companhia, que teria chegado a um “limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.
AEPET CRITICA AUMENTO DO PREÇO
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) criticou a elevação de preço da estatal. A entidade considerou que a alta dos preços ocorre depois de importadores e porta vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo.
O Bradesco BBI comemorou: “Boas notícias. Em uma base anualizada, isso representa aproximadamente um incremento de 7% no FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista, ou Free Cash Flow to Equity) , que poderia ser convertido em dividendos em grande parte”. Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade, assinala a entidade dos engenheiros.