No terceiro dia de greve, a greve dos petroleiros cresce com adesões de novas unidades da Petrobrás em todo o todo o país. “O movimento segue por tempo indeterminado em todo o Brasil, até que a direção da Petrobrás apresente uma nova contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho que atenda aos três eixos de reivindicações da categoria petroleira: distribuição justa da riqueza gerada, fim dos equacionamentos da Petros e reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, com suspensão das privatizações e das demissões na área de Exploração e Produção”, afirma a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindipetro.
Conforme balanço da entidade, nesta quarta-feira (17), aderiam ao movimento os petroleiros da Refinaria Abreu e Lima e do Terminal de Suape, em Pernambuco, e trabalhadores de unidades operacionais como a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; da Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor), da Termoceará e do terminal de Macuripe, no Ceará.
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores da Usina Termelétrica do Vale do Açu iniciaram a greve na terça-feira (16), assim como os médicos do setor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) da companhia. Na Bahia, os trabalhadores da Usina de Biodisel de Candeias também se somaram à paralisação, assim como os trabalhadores de diversas unidades da Bacia de Campos, no norte fluminense, onde já são 22 plataformas entregues às equipes de contingência.
Também na manhã desta quarta, conforme informa o Sindipetro, aconteceram atos e “trancaços” em diversas unidades do Sistema Petrobrás. No Norte Fluminense, o Sindipetro realizou um ato em frente ao portão de acesso da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB), em Macaé, no RJ. “A mobilização teve grande participação dos trabalhadores e trabalhadoras da unidade e de lideranças sindicais”, afirmou o Sindipetro.
Tanto o Sindipetro como a FUP têm recebido diversas denúncias de “ação ilegal de alguns gestores da Petrobrás que têm criado dificuldades para liberar os trabalhadores que aderiram à greve nas plataformas e nas refinarias”.
Conforme levantamento da Federação, “ainda há trabalhadores mantidos há mais de 60 horas na Reduc e na Regap e há quase 48h na Lubnor e na Refap, o que configura cárcere privado”. A entidade informa que, inclusive, na tarde de terça-feira (16), auditores fiscais do Ministério do Trabalho estiveram na Reduc para verificar as condições de habitabilidade e de saúde dos trabalhadores retidos na refinaria.
O Sindipetro-NF também recebeu várias denúncias de que a gestão da Petrobrás está mantendo trabalhadores em plataformas da Bacia de Campos, impedindo o desembarque de grevistas, sobretudo os técnicos de segurança.











