
Após greve que durou 20 dias, os petroleiros conquistaram as principais reivindicações da categoria, que incluem a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen/PR), e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho em relação a questões como regimes de turno, jornadas de trabalho, Assistência Médica de Saúde (AMS), e o pagamento da PLR.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em reunião de negociação com a direção da Petrobrás, na sexta-feira, 21, intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), os petroleiros garantiram um canal de negociação para discutir o plano de hibernação da Fafen e o destino de seus trabalhadores. A próxima reunião será na quinta-feira, 27.
“Além de garantir os principais pontos da pauta de reivindicações dos petroleiros, que levou a categoria à greve, a reunião desta sexta fez a gestão da Petrobrás negociar os dias parados e cancelar as mais de mil advertências aplicadas contra os grevistas. Essa é uma importante vitória contra a gestão autoritária de Castello Branco, que anunciou diversas retaliações contra os trabalhadores que aderiram ao movimento, como cancelar as férias e desimplantar os petroleiros das plataformas”, afirma a FUP.
Na negociação também ficou definida a redução em 95% o valor das multas de mais de R$ 50 milhões impostas às entidades.
“Os petroleiros, em greve, obrigaram a Petrobrás a negociar e deixaram claro que a categoria seguirá na luta para defender nossos empregos e nossos direitos. Nada que temos foi dado. Cada conquista foi obtida na luta e será através das lutas que as manteremos”, afirma Alexandre Finamori, diretor da FUP.
A greve dos petroleiros mobilizou mais de 20 mil trabalhadores de 121 unidades da Petrobras em 13 estados, e foi considerada vitoriosa pela categoria, que, na quarta e quinta-feira, aprovaram a suspensão da greve em assembleias regionais.