Os petroleiros realizaram paralisações e protestos, nesta sexta-feira (24), contra o processo de privatização de ativos da Petrobrás, levado a cabo pelo presidente da empresa, indicado por Bolsonaro, Jean Paul Prates. Os atos estão sendo realizados em refinarias e bases petrolíferas de norte a sul do país.
“É uma paralisação nacional, em todas as bases do sistema Petrobrás, contra a gestão bolsonarista que ainda está na Petrobrás e precisa já ir embora e contra as privatizações que seguem, exatamente por causa dessa gestão”, disse David Bacelar, coordenador nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Além da paralisação, a categoria também está realizando assembleias para aprovar o estado de greve contra o pacote de privatização que se mantém com Prates.
De acordo com a Federação, o conselho da estatal deve votar na próxima semana a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, mesmo com a orientação do governo Lula, via Ministério das Minas e Energia, de que a empresa interrompesse as privatizações.
Apesar dos quase três meses de governo Lula, a diretoria da estatal e o Conselho de Administração ainda seguem ocupados por indicações de Bolsonaro. Os petroleiros denunciam que essa gestão está correndo contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da empresa.
Ainda de acordo com a FUP, somente na quarta-feira (22) após pressão das entidades sindicais e sob a iminência de uma greve, o Conselho de Administração aprovou a nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 29.
Veja, alguns locais com paralisações nesta sexta-feira:
