Trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes e Nitrogenados da Petrobrás (Fafen) se manifestaram contra o fechamento de fábricas, anunciado pelo presidente da empresa, Pedro Parente, na segunda-feira passada dia 19. As fábricas que serão fechadas são as de Sergipe e Bahia.
De acordo com o Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindpetro-AL/SE), desde 2012 a política do governo para com a Fafen é de desinvestimento, uma vez que desde então tem diminuído o quadro de funcionários e operado as fábricas abaixo de sua capacidade. “Pedro Parente mente quando diz que a Fafen dá prejuízo. Não é a primeira vez que tentam privatizar a Fafen. Em 1993 e em 2001 os trabalhadores resistiram através da luta e impediram que a fábrica fosse privatizada”, aponta o Sindicato em nota.
A nota afirma também que a produção de fertilizante é uma atividade fundamental para a economia brasileira, tendo em vista que somos o quarto país que mais os consome do mundo, segundo a Associação Nacional de difusão de Adubos (Anda), mas que, no entanto, somos ainda muito dependentes de importações. “A privatização das fábricas de fertilizantes da Petrobras, caso sejam concluídas, serão um crime contra a economia do país e, principalmente, contra a vida dos trabalhadores e do povo mais pobre”, diz a nota.
Por fim, afirmam que “o compromisso dos governos é hoje com os interesses das empresas e bancos estrangeiros, que financiam os políticos corruptos que estão no poder”. E que dessa forma praticam uma recolonização do país, que terá “uma economia completamente dependente da exportação de matéria prima bruta”.
O Sindpetro AL/SE tem organizado protestos contra o fechamento e pela retomada dos investimentos. Exige, também, a abertura das contas da fábrica.