Na sexta-feira, 12, sabendo que Bolsonaro estaria na residência do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro, gravando programas para o horário eleitoral, o ex-prefeito João Doria decidiu dar uma de penetra e despencou para lá. Objetivo: apertar Bolsonaro para extrair dele um vídeo de apoio a sua candidatura ao governo de São Paulo.
Na quarta-feira, 10, o Major Olímpio, senador eleito pelo partido de Bolsonaro em SP, com 8,58 milhões de votos, havia declarado à rádio Cruzeiro FM que “no segundo turno, voto em Márcio França e não em João Doria e no PSDB”. Disse também na Folha de S. Paulo que “não há a menor possibilidade de Bolsonaro apoiar Doria nesta eleição”.
Em vídeo divulgado no final do primeiro turno, o Major já havia dito que “quem vota no Bolsonaro não vota no PSDB e nem no João Doria. Me causa indignação ver o candidato João Doria propondo e divulgando o voto bolsodoria”.
Quando o presidente do PSL chegou ao local, na zona sul do Rio de Janeiro, Doria estava lá plantado, esperando. Gustavo Bebianno estranhou e declarou aos jornalistas: “Da nossa parte não foi agendado nada com o Jair [Bolsonaro], não haverá esse encontro”.
Nem assim o cara de pau arredou pé. Durante todo dia a equipe da produtora que faria o vídeo aguardou, mas o capitão não apareceu.
Informado de que Doria o aguardava para constrangê-lo, Bolsonaro se recusou a falar com ele.
Nada me surprende no posicionamento de políticos! Quem elege hoje somos nós independente de apoio de partidos.Politico apoiando alguma coisa quer em troca!Mas a política está mudando.Quem mexeu no meu queijo?Se não leram é ótima reflexão!
Leitora, esse livro (“Quem Mexeu no Meu Queijo?”), do americano Spencer Johnson, tem um problema: os ratinhos e duendes ficam o tempo todo atrás do queijo, mas nenhum deles produziu o queijo. Eles apenas se apropriam de algo já feito – supõe-se que por alguém, já que os queijos não caem do céu. Em suma, o livro é apenas uma metáfora neoliberal disfarçada de psicologia “motivacional”. O mundo não é assim. É preciso trabalhar para produzir alguma coisa. Obviamente, isso é tudo o que um neoliberal não consegue entender, porque o negócio dele é se apropriar do que os outros produziram.