O desvio de milhões de reais em emendas parlamentares de comissão é uma das possíveis irregularidades apuradas na Operação Transparência deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (12).
A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Brasília.
Os crimes investigados são: peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.
O alvo é a advogada Mariângela Fialek, assessora lotada na liderança do PP. De 2021 até o início de 2024, ela estava lotada no gabinete do deputado Arthur Lira, ex-presidente da Câmara. Ele não está sob investigação.
As informações são da PF, g1 e UOL.
Mariângela Fialek atua no setor que organiza a indicação de emendas parlamentares.
Flávio Dino diz que depoimentos de parlamentares colhidos pela Polícia Federal revela que Fialek “atua diretamente na operacionalização do encaminhamento de emendas, efetuando-as supostamente em nome do ex-presidente da Câmara”.
“O exame dos depoimentos transcritos revela que a Representada atua diretamente na operacionalização do encaminhamento de emendas, efetuando-as supostamente em nome do ex-Presidente da Câmara dos Deputados, o Deputado Arthur Lira. Constatou-se, ainda, que, mesmo após a alteração na Presidência da Casa, ela permaneceu no exercício da função. Ressalte-se, ademais, que a Representada assumiu tal encargo sem a anuência do Presidente da respectiva Comissão, Deputado José Rocha, por determinação direta do então Presidente da Câmara”, diz o ministro do STF.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu medidas cautelares contra Fialek, afirmando que a representação está “encorpada com significativos elementos”, incluindo depoimentos e análises policiais que sugerem sua atuação ilícita no controle das indicações de emendas desviadas.
Os policiais fizeram buscas em salas usadas por ela na Câmara e também na casa dela. Um celular de Mariângela foi apreendido na operação.
Nota da PF:
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (12/12), a Operação Transparência, com o objetivo de apurar irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
Policiais federais cumprem dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília/DF.
Estão sendo investigados os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.











