Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão em Itapetininga, no interior de São Paulo. O empresário chama-se Milton de Oliveira Júnior, dono da ex-afiliada da Jovem Pan
A PF (Polícia Federal) cumpriu, na manhã de terça-feira (27), mandado de busca e apreensão expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no município de Itapetininga (SP).
O objetivo foi identificar o “possível financiador” dos atos terroristas registrados no dia 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF foram invadidos e vandalizados.
Trata-se de Milton de Oliveira Júnior, dono de ex-afiliada da Jovem Pan, suspeito de financiar os atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília.
Os atos golpistas de 8 de janeiro foram para criar clima de instabilidade e justificar um golpe contra a democracia.
A ação é parte da 13ª fase da Operação Lesa Pátria realizada pela PF no contexto das investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A operação, ao longo de 2023, tem feito buscas, apreensões e prisões de executores, incitadores e financiadores da tentativa de golpe de Estado.
NOTA DA PF
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, destacou em nota a PF.
“Caso tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília (DF), solicitamos que as encaminhe para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br”, conclui o comunicado da corporação.
QUEM É O EMPRESÁRIO
Milton de Oliveira se tornou alvo após afirmar, em programa de rádio local, ter ajudado “patriotas” a irem para Brasília “protestar” contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No programa transmitido pela filiada da emissora Jovem Pan, ele confirmou ter contribuído com recursos financeiros e disse possuir os comprovantes das transações efetuadas via PIX. Ele chegou a ironizar a ação da polícia e do Supremo contra golpistas.
RÉU CONFESSO
“Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para a Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum”, disse na transmissão.
“Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada, se a senhora quiser eu mando no seu WhatsApp os recibos de PIX, está tudo com o meu CPF”, disse ainda no programa.
Segundo o jornal O Globo, a Jovem Pan rompeu contrato com a filiada de Itapetininga após as declarações do empresário.