O golpista que quebrou o relógio histórico, uma obra de arte do século 17, nos ataques de bolsonaristas ao Palácio do Planalto, no último dia 8, foi identificado pela Polícia Federal.
A obra, de Balthazar Martinot, que chegou ao Brasil pelas mãos de Dom João VI em 1808, e ficava exposta no terceiro andar do Palácio do Planalto, é considerada rara e de valor inestimável.
Segundo a PF, o homem, que teve sua imagem filmada pelas câmeras internas do Planalto – que ele também tentou destruir, mas sem sucesso –, é Antônio Cláudio Alves Ferreira, de Catalão, no interior de Goiás. Ele ainda não foi detido.
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) afirmou, em nota, que está colaborando com a Polícia Federal nas investigações e captura do indivíduo.
Ao não conseguir destruir a câmera interna, após quebrar o relógio, o rosto de Cláudio acabou sendo estampado em diversas imagens na TV, inclusive em reportagem do Fantástico, da TV Globo.
Sua imagem também aparece em outros momentos, em fotos do início dos ataques dos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes.
A peça, que segundo documentos do governo, foi “fragmentada em toda sua extensão, apresentando fissuras, deformação e perdas”, aguarda agora por um futuro restauro. Atualmente, existem apenas dois relógios de Balthazar Martinot no mundo. O que estava exposto no Brasil, que, devido aos estragos, não se sabe se poderá ser restaurado, e outro, exposto no Palácio de Versalhes, na França, que tem metade do tamanho da peça que foi danificada pelos terroristas.