A Polícia Federal indiciou, na segunda-feira (1), o assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, e quatro candidatas laranja do PSL nas últimas eleições por desviarem recursos vindos do fundo eleitoral.
Nas eleições de 2018, período em que o PSL de Minas Gerais foi presidido pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a candidatura de quatro mulheres serviram somente para o desvio dos recursos vindos do fundo eleitoral.
As candidaturas receberam R$ 279 mil para realizarem suas campanhas, mas as investigações mostram que parte do dinheiro foi gasta com empresas que tinham participação de assessores de Marcelo, e mesmo assim os materiais não foram impressos. Apesar do dinheiro, as quatro candidatas receberam, juntas, 2.074 votos.
Além do desvio do dinheiro, as candidaturas serviram para que o PSL cumprisse os 30% de mulheres na chapa que são exigidos por lei.
O assessor especial do ministro Marcelo Von Rondon, outros dois ex-assessores, Roberto Soares e Haissander de Paula e as candidatas Lilian Bernardino, Naftali Tamar, Debora Gomes e Camila Fernandes foram indiciados por falsidade ideológica, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. Os crimes, juntos, podem dar uma pena de 14 anos.
Os assessores de Marcelo foram presos na última quinta-feira (27) pela Polícia Federal, mas foram soltos na tarde da segunda-feira (1) pelo juiz Renan Chaves Machado, da 26ª Zona Eleitoral de Minas Gerais.
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