A Polícia Federal vai investigar as ameaças enviadas pela internet contra a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.
Através das redes sociais do TSE, um usuário se dirigiu a Rosa Weber para dizer que Bolsonaro já está “matematicamente eleito” e que, caso isso não se concretize nas urnas, “a senhora vai ver o povo na rua e os caminhoneiros parando este Brasil até que tenha novas eleições e com voto impresso”. “Espero que a sra. fique de olho. É só um aviso, com todo respeito”, diz o texto, em tom de ameaça.
Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, “obviamente, representa um delito, um crime, e tem de ser identificado quem o fez para ser legalmente punido”. “A Polícia Federal vai investigar e nós vamos trazer um resultado”, continuou o ministro.
“O que eu sei de ontem, na reunião que tivemos com diretor-geral da PF [Rogério Galloro] e também com o secretário nacional da Segurança Pública, Brigadeiro Fiorentini, é que ela [Rosa] fez essa queixa informalmente, e que iria formalizar, e que a Polícia Federal imediatamente ia apurar para chegar aos responsáveis por essa ameaça, que obviamente representa um delito, representa um crime, e tem de ser identificado quem o fez para ser legalmente punido”, disse Raul. “A resposta vai ser dada, a Polícia Federal vai investigar, e nós vamos trazer um resultado”, completou o ministro.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também saiu em defesa da ministra. O presidente nacional da entidade, Claudio Lamachia, disse que “são graves e preocupantes as mensagens em tom de ameaça endereçadas à presidente do TSE, ministra Rosa Weber. A apuração do caso deve ser prioritária e os responsáveis devem ser punidos de forma exemplar, de acordo com o rigor da lei”.
O próprio candidato à Presidência pelo PSL tem feito declarações incitando à violência, caso não seja eleito. Isso, segundo sua lógica, só poderia acontecer caso as urnas eletrônicas sejam fraudadas. Ainda antes do primeiro turno, disse: “não dá pra gente aceitar passivamente na fraude, na possível fraude a eleição do outro lado”.